Uma arte Elizabeth Bishop Tradução de Horácio Costa A arte de perder não tarda aprender; tantas coisas parecem feitas com o molde da perda que o perdê-las não traz desastre. Perca algo a cada dia. Aceita o susto de perder chaves, e a hora passada embalde. A arte de perder não tarda aprender. Pratica perder mais rápido mil coisas mais: lugares, nomes, onde pensaste de férias ir. Nenhuma perda trará desastre. Perdi o relógio de minha mãe. A última, ou a penúltima, de minhas casas queridas foi-se. Não tarda aprender, a arte de perder. Perdi duas cidades, eram deliciosas. E, pior, alguns reinos que tive, dois rios, um continente. Sinto sua falta, nenhum desastre. - Mesmo perder-te a ti (a voz que ria, um ente amado), mentir não posso. É evidente: a arte de perder muito não tarda aprender, embora a perda - escreva tudo! - lembre desastre. |
sexta-feira, 8 de julho de 2011
A POESIA DE ELIZABETH BISHOP
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5 comentários:
Oi Leninha, como está?
Faz muito frio por aí também, não é mesmo?
Vi nos noticiários. O Rio está esfriando mais, principalmente nas serras. É gostoso, mas eu não curto não! Na minha idade não é muito saudável. dói tudo.
Que linda essa poesia, não conhecia e amei de verdade.
Ela era um pouco depressiva, mas poeta das melhores.
Beijos querida, vamos de cházinho quente eu de vinho?
onde escrevi "eu" de vinho leia "ou" de vinho, certo? ficou meio estranho rsrsrsrs
Maravilhosa poesia! Sempre esqueço desse outro cantinho teu! beijos,tudo de bom,linda semana!chica
Leninha
Bela abordagem sobre a vitória que pode haver nas perdas com Arte.
Um Poema surpreendente e que nos conduz á vacina indicada para a Arte de NÃO Perder.
As Memórias são o nosso Bem mais precioso.
Confuso? Talvez, para os mais novos de nós...
Beijo
SOL
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