Amigos queridos,
Meu notebook está atravessando uma crise de identidade e cismou que tem que fazer as postagens à sua moda...postei um texto.publicado na Folha ,sobre a morte de Millor Fernandes e não é que o engraçadinho aqui bagunçou todo o último parágrafo?Não consegui excluir a postagem,portanto,não levem em consideração o primeiro texto e sim o segundo,miudinho,mas na íntegra.Ei-lo:
André Barcinski --- Folha.com
.Morreu Millôr Fernandes.
Jornais e sites vão publicar obituários bem completos e elogiosos ao homem. Não vou ficar aqui chovendo no molhado, dizendo como ele era brilhante, influente, etc.
Vejo a morte do Millôr como mais um passo do nosso processo de emburrecimento.
Só de saber que ele continuava ali, escondido na cobertura em Ipanema, mesmo que velhinho e frágil, dava uma sensação de conforto. Agora nem isso temos mais.
Quando Paulo Francis morreu, pelo menos tínhamos o Millôr como farol. E agora?
Cada vez mais esse país me deprime. Na época do Millôr também era deprimente, mas pelo menos havia ele e alguns outros para colocar as coisas em perspectiva.
Outro dia, participei de uma entrevista com Agildo Ribeiro. Sujeito culto, irônico, cheio de idéias e opiniões. E foi um comediante de sucesso na TV aberta.
Fiquei pensando como um sujeito talentoso daqueles deveria se sentir, vendo o nível do entretenimento popular que temos hoje.
Não sei de Millôr, mas imagino que ele devia se sentir assim também: isolado, falando para as paredes, até meio desorientado no meio de tanta burrice, de tanto analfabetismo funcional, de tanto radicalismo sectário, de tanta gente entorpecida por TV ruim e filosofia de redes sociais.
Ontem, o técnico da Seleção Brasileira, que não vê problema em fazer comercial de cerveja, foi pego na blitz da Lei Seca e se recusou a fazer o teste do bafômetro. O que diria Millôr sobre isso?
E que pena saber que ele não estará aqui para escrever sobre a Copa do Mundo e nosso ingresso no Primeiro Mundo.
O mirante de Ipanema está vazio. Estamos sozinhos. Agora é cada um por si.
André Barcinski ---Folha.com
8 comentários:
Teu blog ta lindo.
Tb fiquei muito triste pelo Millor.
Beijo
Esse seu notebook é um danadinho hem!:)
Fiquei muito triste pela morte do grande Millor. A vida, realmente, é como uma estação de trem...
beijo grande querida! :)
Oi querida!
Eu não sou Paulo Francis, não sou Millor, nem Agildo Ribeiro mas me sinto também fora desse mundo, como escreveu o André Barcinski aí em cima. O mundo está cada vez mais medíocre ......... e nós de bom senso estamos à margem.
Não tenho esperanças que tudo mude, está enlameado demais.
Que Deus receba o Millor de braços abertos.
Beijos.
Leninha
Seu notebook está muito rebelde, rsss
Grande perda, mas com certeza ele está num lugar onde reina somente paz e amor, tenho certeza. Um grande abraço, bjs
Uma grande perda realmente!
Millôr Fernandes vai fazer falta!
Beijo enorme minha querida.
Leninha,eu nem conto minhas desventuras com meu PC que ia ficar chato!...rssss...coisa complicada essa tecnologia!O texto é muito bom e merecida homenagem!Millor deixa um grande vazio, com certeza!bjs e minha amizade!
Ehehe , que notebook danadinho Leninha.
Grande homenagem ao grande
Millor.
A vida é assim deixando sempre alguém em alguma estação, e seguindo sempre.
Perdi uma tia semana passada, foi fazer um transplante de coração e não resistiu. Deus sabe das coisas, ele sempre tem um proposito pra nossa vida.
Beijos grande!
São os caprichos das novas tecnologias.
A mim fazem-me perder a paciência. Quase me derrubam.
O melhor será deixar a poeira assentar.
Beijos, Leninha.
Nina
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