Amigos queridos,estou de volta e,enquanto me adapto novamente à rotina,trago-lhes um artigo excelente de Rosana Braga,que me fez refletir sobre vários aspectos de minha vida e de meu comportamento frente à ela...espero que gostem,da mesma forma que eu gostei.Boa leitura,meus queridos.
Que tal AGORA?!?
Por Rosana Braga
Recentemente,  terminei de ler um livro fantástico chamado “Um novo mundo – O  despertar de uma nova consciência”*. Nele, dentre muitos aprendizados  maravilhosos, tem uma passagem que conta sobre um mestre zen que, diante  de qualquer circunstância, seja ela aparentemente boa ou má, ele  simplesmente pratica o estado de presença e aceitação e responde “É  mesmo?”, vivendo o que há para ser vivido! Sem julgar, sem fazer ligação  com o passado ou com o futuro. Simplesmente confiando na vida... 
Se  você reparar, pelo menos os artigos mais recentes que tenho escrito,  todos terminam convergindo para a uma idéia muito semelhante: deixar a  vida fluir e viver o que está aqui, agora, neste momento, para ser  vivido.
Se  você pensa que estou falando de uma mesma situação ou de um mesmo  aprendizado, está enganado. Apenas entrei num estado de sincronicidade  incrível. O que existe dentro de mim e o que existe fora de mim tem  sido, dia após dia, algo indissociável. É a unicidade da vida se  manifestando milagrosamente, simplesmente porque decidi,  definitivamente, que tudo é exatamente como tem de ser.  
“Mas,  então, tudo se trata apenas de uma escolha?!?”, você poderia me  perguntar. E eu responderia com toda a certeza: sim, apenas uma escolha!  É exatamente do que se trata tudo o que você faz ou deixa de fazer na  vida: uma escolha, seja ela consciente ou não! Isto é, quanto mais você  entra em sintonia com o que há de mais verdadeiro em você, mais  consciente será cada uma dessas escolhas que você faz a todo o momento.
“E  é fácil?!?”, poderia ser a sua próxima... E eu não tentaria te iludir!  Depende! Na maior parte das vezes, especialmente no início desta  sincronicidade, não é tão fácil, já que estamos presos a padrões  negativos que foram nutridos durante toda a nossa vida. Então, embora  seja simples, nem sempre é fácil. No entanto, a cada dia que você tenta,  a cada dia que você treina, torna-se mais fácil do que antes. 
O  segredo é abandonar a resistência. Toda a nossa dor, todo o nosso  sofrimento está em resistir, em não aceitar, em brigar com as  circunstâncias que não acontecem exatamente como esperávamos. Travamos  uma briga interna a maior parte do tempo, seja com o trânsito, seja com o  tempo, seja com alguém que tem um comportamento que nos incomoda, seja  com um resultado insatisfatório, seja com nada. Isso mesmo! Brigamos até  com o nada, com o que não acontece. Tornou-se praticamente um vício nos  mantermos num estado de constante conflito com a vida!
E  sabe o que é pior? Nem percebemos. Terminamos acreditando que é assim  mesmo. Que o melhor da vida está justamente nesta tensão que parece nos  motivar, neste amontoado de problemas a serem resolvidos. Afinal, se  pensarmos bem, terminaríamos concluindo: o que seria nossa vida senão  todas essas questões a serem ultrapassadas!
Que  desperdício!!! Tenho descoberto, na prática, extasiada e feliz, o  quanto posso relaxar, parar de fazer força, parar de brigar. O quanto é  tão melhor e tão menos difícil viver o tão falado AGORA, que até então  eu não havia sentido exatamente que tempo era esse...
Afinal  de contas, quando pode ser a vida senão agora? Quando eu posso  aproveitar senão agora? E agora, acreditem, neste instante, não há mais  nada senão eu mesma escrevendo essas linhas. E agora, enquanto você lê,  não há mais nada senão você lendo essas linhas.
O  agora é tudo o que temos e o que somos. E quando conseguirmos não  entender (porque a mente não é capaz de compreender o agora), mas viver  de fato esse momento, viver de fato o agora, sem conduzir nossos  pensamentos para o passado ou para o futuro e sem ficar analisando e  julgando tudo o que acontece, como se fôssemos juízes do mundo e de nós  mesmos, como se pudéssemos controlar o Universo, simplesmente entramos  num estado de paz até então desconhecido... e sentimos o que é,  finalmente, a felicidade.
Então,  simplesmente relaxe os músculos, respire profundamente e se entregue,  aceite o que for, o que vier. Tente, só por hoje, responder “é mesmo?”  para tudo o que lhe acontecer, e veja o que acontece.
E  quando a sua mente tentar te distrair com reclamações, indignações e  tensões, apenas proponha a si mesmo: QUE TAL AGORA? E volte para o único  tempo que realmente vale a pena ser vivido! Parece utopia, mas não é!
* Livro de Eckhart Tolle, Editora Sextante. O mesmo autor do também fantástico “O Poder do Agora”.
Rosana Braga