SEJAM BEM VINDOS!!!


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Palavras de OSHO






A dança chamada amor

Eu nunca disse que o amor é destruído pelo casamento. Como pode o casamento destruir o amor? Sim, ele é destruído no casamento, mas é destruído por você, não pelo casamento. Ele é destruído pelos parceiros.

Como pode o casamento destruir o amor? É você que o destrói porque você não sabe o que é o amor. Você finge que sabe, você simplesmente tem esperança de saber; você sonha que sabe, mas você não sabe o que o amor é. Amor tem que ser aprendido; é a maior arte que existe.

Se as pessoas estão dançando e alguém lhe pede, “Venha e dance”, você diz, “Não sei dançar”. Você não salta e começa a dançar e deixa todos pensarem que você é um grande dançarino. Você irá apenas provar que é um bufão. Você não irá provar que é um grande dançarino. A dança precisa ser aprendida – a graça dela, seus movimentos. Você precisa treinar o corpo para isso.

Você não vai e começa a pintar apenas porque a tela, o pincel e as tintas estão lá disponíveis. Você não começa a pintar. Você não diz, “Tudo que é necessário está aqui, então eu posso pintar”. Você pode pintar, mas assim você não será um pintor.

Você encontra uma mulher – a tela está presente. Você imediatamente se torna um amante; você começa a pintar. E ela começa a pintar em você. É claro que ambos demonstram serem tolos – tolos pintados – e cedo ou tarde vocês entendem o que está acontecendo. Contudo, você nunca pensou que o amor fosse uma arte. Você não nasce com a arte; ela não tem nada a ver com seu nascimento. Você precisa aprendê-la. É a arte mais sutil.

Você nasce somente com a capacidade. É claro, você nasce com um corpo; você pode ser um dançarino porque você tem um corpo. Você pode movimentá-lo e pode ser um dançarino, mas dançar precisa ser aprendido. Muito esforço é necessário para aprender a dançar. E dançar não é tão difícil porque só depende de você.

O amor é muito mais difícil. É dançar com outra pessoa. O outro também é necessário para saber o que é dançar. Ajustar-se com alguém mais é uma grande arte. Criar uma harmonia entre duas pessoas... duas pessoas implicam em dois mundos diferentes.

Quando dois mundos se aproximam, uma colisão está fadada a acontecer se você não souber como harmonizar. Amor é harmonia. E felicidade, saúde, harmonia, tudo procede do amor. Aprenda a amar. Não tenha pressa de casar, aprenda a amar. Primeiro se torne um grande amante.

E qual é a exigência? A exigência é que um grande amante está sempre pronto para dar amor e não se sente incomodado se isso irá retornar ou não. Isso retorna sempre; está na própria natureza das coisas. É como se você fosse para as montanhas e você canta uma canção, e os vales respondem. Você viu algum ponto de eco nas montanhas, nos montes? Você grita e os vales gritam, ou você canta e os vales cantam. Cada coração é um vale, se você derramar amor sobre ele, ele irá responder.

A primeira lição do amor é não pedir por amor, apenas dar. Torne-se um doador.

As pessoas estão fazendo exatamente o oposto. Mesmo quando dão, eles dão apenas com a idéia de que o amor deve retornar. É uma barganha. Eles não compartilham, não partilham livremente. Eles partilham com uma condição. Eles vão observando pelo canto do olho se o amor retorna ou não. Pessoas muito pobres... eles não conhecem o funcionamento natural do amor. Você simplesmente derrama, isso virá.

E se não vier, nada com o que se preocupar porque um amante sabe que amar é ser feliz. Se isso acontecer, ótimo; assim a felicidade é multiplicada. Mas mesmo que nunca retorne, no próprio ato de amar você fica tão feliz, tão extático, quem se importa se isso tem retorno ou não?

Amor tem sua própria felicidade intrínseca. Isso acontece quando você ama. Não há nenhuma necessidade de esperar por resultado. Apenas comece a amar. Aos poucos você verá que muito mais amor está voltando para você. A gente só ama e vem a conhecer o que é o amor somente amando. Assim como a gente aprende a nadar somente nadando, amando a gente ama.

As pessoas são muito mesquinhas. Elas estão esperando por algum grande amante aparecer, então elas amarão. Elas permanecem fechadas, recuadas. Elas apenas esperam. De algum lugar uma Cleópatra virá e então eles irão abrir seus corações, mas nessa hora já esqueceram completamente como abri-lo.

Não perca nenhuma oportunidade de amar. Mesmo passeando numa rua, você pode ser amoroso. Mesmo para com o mendigo você pode ser amoroso. Não há necessidade de dar a ele alguma coisa; você pode pelo menos sorrir. Isso não custa nada, mas seu próprio sorriso abre seu coração, torna seu coração mais vivo.

Segure a mão de alguém – de um amigo ou de um estranho. Não espere só amar quando a pessoa certa aparecer. Assim a pessoa certa nunca irá aparecer. Continue amando. Quanto mais você amar, maior é a possibilidade da pessoa certa aparecer, porque seu coração começa a florescer. E um coração florescendo atrai muitas abelhas, muitos amantes.

Um comentário:

O meu pensamento viaja disse...

Leninha, bela dissertação sobre o amor e arte de amar. Impossível não personalizar e, assim sendo, mesmo concordando com a essência do texto, há um ponto que, personalizando, repito, devo ressalvar:
Não tenho vocação para mártir e muito menos para vítima.
Só me sei dar por inteiro, no amor, na amizade, só sei investir assim, mas num percurso de dois sentidos, entende? Assim sendo, recuso que o amor seja cego ou tenha razões que a razão desconhece.
Se falamos em amor ao próximo, aí, a coisa é diferente e a generosidade consubstancia esse amor, sem esperar retribuição. Nesse caso,sim, o amor é um estado de espírito solidário e desinteressado.
Sobre este tema poderíamos ter uma ou múltiplas e longuíssimas conversas.
Beijo, flor

P.S. O carrinho de bebé é, nitidamente, um erro de casting.