Pablo Neruda - Os Barcos
Como no mercado se botam no saco carvão e cebolas,álcool, parafina, batatas, cenouras, costelas, azeite, laranjas,
o barco é a vaga desordem onde caíram
melífluas robustas, famintos jogadores, padres, mercadores:
às vezes decidem olhar o oceano que se deteve
como um queijo azul que ameaça com olhos espessos
e o terror do imóvel penetra na face dos passageiros:
cada homem deseja gastar os sapatos, os pés e os ossos,
mover-se em seu terrível infinito até que já não exista.
Termina o perigo, a nave circula na água do círculo,
e longe aparecem as torres de prata de Montevideu.
Pablo Neruda
5 comentários:
Minha querida,
Mais um post maravilhoso que nos obriga a parar, relendo cada palavra que nos aparece com uma roupagem sempre nova...
Um círculo, um espaço onde tudo tem de caber!
O bom gosto que tão bem sabes partilhar!
Grande abraço, Leninha!
Leninha,
Parabéns pela escolha, lindo poema, te desejo um ótimo feriado, bom descanso, bjs
Oi, Leninha
Que escolha maravilhosa, amo Pablo Neruda....o homem do mar, dos marinheiros, das ondas, das marés, das mulheres de madeira nas proas dos barcos. Ele é meu poeta preferido por falar de assuntos que adoro....O mar e sua mística.
Um abraço,
Sapatinhos da Dorothy
Tem como não amar Neruda, Leninha?
=D
Beijos!
Olá minha querida como vai?
realmente não tem como não amar Neruda! vi outro dia um filme no qual citavam bastante ele o nome do filme era carteiro e o poeta era lindo o filme!
http://wwwmaismoda.blogspot.com
beijos e abraços!
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