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sexta-feira, 30 de março de 2012

O DESCALABRO DO ENSINO

O descalabro do ensino

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Em sua coluna em VEJA da semana passada, Gustavo Ioschpe alertava os pais com filhos em escolas privadas para o fato de que as altas mensalidades e o esforço familiar para pagá-las davam a falsa ilusão de que isso era o bastante para proporcionar aos rebentos uma vantagem inicial na luta pela vida. "Tenho más notícias", escreveu Ioschpe, e continuou: "Os tempos mudaram, e a arena de competição desta geração não é mais o Brasil, mas o mundo. (...) seu filho vai perder o emprego para um indiano, australiano ou chinês". Esta edição de VEJA traz uma reportagem coordenada por Monica Weinberg, chefe da sucursal no Rio de Janeiro, que faz o retrato em números da situação calamitosa apontada por Ioschpe, concentrando-se nas causas do fracasso do ensino médio público e privado no Brasil.

O principal fator é o despreparo dos professores, produto de escolas de pedagogia dominadas pelo proselitismo ideológico embalado em teorias tão arcanas quanto inúteis. Apenas 20% do tempo é dedicado às questões práticas de sala de aula. Passa da hora de inverter essa fórmula maligna que forma, no jargão da esquerda, "parteiros da história" e dedicar 80% do tempo a treinar os professores para ensinar matemática, português, ciências e lógica aos alunos.

Os espantosos resultados do mais recente Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, divulgados na semana passada, reforçam os diagnósticos da reportagem, que se conclui com um artigo do economista Claudio de Moura Castro.

"Temos escola única com currículo único. É estarrecedor", escreveu Moura Castro. A tabulação das provas do Enem feitas por 3,2 milhões de estudantes brasileiros traduz em números uma realidade que, de tão perversa, exigiria que de uma vez por todas a educação de qualidade fosse colocada como a grande prioridade nacional: apenas 6% das escolas - 1500 de um total de 23900 que participaram do exame - poderiam ser listadas como instituições de ensino que formam alunos preparados para os imensos desafios propostos pela economia global e digital do século XXI. É muito pouco. É quase nada. É um desastre. Urge mobilizar as energias do país para começar a reverter esse trágico descalabro.

5 comentários:

Aleatoriamente disse...

Realmente é impressionante, como se tem os aparatos para uma transformação, e se negligencia todas. Vozinha querida, esse texto é um abrir de olhos para muitas exterioridades.
Deixo-te meu carinho, e minha admiração.

Beijinho

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Bom dia, querida amiga Leninha.

A prioridade é a qualidade do ensino, e eles se preocupam mais, com as estatísticas.

Não adianta se a maioria completar o curso médio, se ele não dá base para o cidadão se firmar, e poder se ingressar numa faculdade qualificada.

Meus filhos sempre estudaram em escola pública. O mais velho demorou pra passar no vestibular, porque lá ele via matéria que não conheceu no curso médio.

Por fim, eu já estava cansada, e ele, descrente!
Precisou fazer um ótimo pré, que suprisse essa lacuna.
Graças ao empenho e vocação, hoje ele cursa doutorado em biologia, na UFMG.

Desejo-lhe um lindo fim de semana, abençoado.

Beijos.

chica disse...

incrível E TRISTE MESMO ESSA SITUAÇÃO! mudar URGENTE!!! BEIJOS,LINDO FDS!CHICA

Élys disse...

Creio que épreciso rever toda a educação no Brasil.
Beijos. Bom fim de semana.

Jo Turquezza disse...

Pois é Leninha.
E os brasileiros vão lá para o exterior e conseguem bons empregos por lá. A Austrália tem muitos, mas muitos mesmo, brasileiros na área de TI (Tecnologia da Informática) que ensinam os australianos com seu trabalho bem feito e produtivo. E aqui no Brasil, estudam tanto e não conseguem nada ....
Elas por elas rsrsrsr
Beijos.